A passagem do barco para a cabana foi relativamente simples: limitaram-se a saltar de um lado para o outro. Antes da porta havia uma pequena plataforma, de pedra, onde pararam os dois, a olhar atónicos como quem diz: “Nem acredito que chegámos”. Permaneceram neste impasse um bom bocado, alternando o cruzamento de olhares com a tranca pesada da porta. (Logo aqui já se vê a diferença, o fio dos outros dois nunca se quebrava).Foi a Maria quem deu um passo em frente. Pressionou a barra de madeira antiga com as duas mãos, tentou levantá-la, deu murros de raiva, empregou uma força quase animal. Quando ele se decidiu a ajudar, com o intuito de serem dois, ela abriu-se como que por magia.
A Maria perguntava a si mesma o que haveria lá dentro. A luz do Sol não permitia que se percebessem contornos e a curiosidade ruía a pobre pequena. Secretamente desejava encontrar a placa: tudo naquele estranho mundo era possível. Repetiu silenciosamente “que seja a placa, por favor, que seja a placa” e entrou, seguida por ele.
Fotografia: http://olhares.aeiou.pt/trancas_a_porta/foto1530232.html
6 comments:
Sabes porque é que acredito que a placa está lá? Porque a porta se abriu com o "intuito de serem dois".
Porque há "estranhos mundos" em que tudo é possível- mas só se os dois presentes pretenderem ser juntos, abrir portas juntos.
(lamechas este comentário =S)
(quanto ao outro assunto, não me pressiones querida^^)
Sarinha - Estou a morrer por publicar o final. É já o próximo. Mas posso antecipar uma coisa breve: não basta abrir portas. É importante, claro! Mas pouco, ainda assim.
(Gosto de comentários lamechas :)
(Desculpa, não é por mal, a minha curiosidade sempre foi uma coisinha irritante de que eu não me consigo livrar!) ^^
ahh conta! conta! ^^
amor ' absolutamente nova nisto eu ! amu te linda ' =)saudads aos montes
Adorei! *
Ju - Já contei ^^
Catarina - Também gosto de ti :) (muitas saudades, mesmo)
Melo - Oh, que bom :)
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