Há dois conceitos que eu detesto: o de freira e o de namorado de amiga minha. Não que deteste uma freira em particular ou o Tó, o Marco ou o António. Nada disso. Na verdade, tenho até em muita consideração o trabalho de solidariedade levado a cabo por algumas religiosas e, no geral, as minhas amigas escolhem rapazes bem formados e interessantes enquanto pessoas.
Ainda assim, as ideias gerais que caracterizam estes grupos de pessoas não encaixam em mim. Comecemos pelas irmãs de todos nós, mulheres do senhor nosso deus: como é que alguém pode achar que a rezar está a contribuir para um mundo melhor? Se Ele (o tal!) é tão bom como dizem, salva-nos a todos, sem perguntar quantas Avés Marias rezámos ou foram rezadas por nós em vida. Para além do mais, a Igreja Católica assemelhasse-me, nesta estranha relação matrimonial, a uma enorme colher daquelas que o povo diz não se meter entre marido e mulher. Mas enfim, são opções de vida e, quanto a isso, não há mais nada a dizer.
Os namorados das minhas amigas são outra espécie que me faz comichão. Primeiro, “orfanizam-me” nos intervalos. Depois, nas horas de almoço e nas tardes livres.
“ - Hoje ficas na escola à tarde?”
“ - Fico sim, vou namorar”.
Como se isto não bastasse, ainda nos invadem as conversas, materializados em comentários que, para uma pessoa carente, são mais difíceis de suportar do que a dor.
No fundo, talvez a razão resida toda no facto de eu ser uma agnóstica irremediável, solteiríssima.
Ainda assim, as ideias gerais que caracterizam estes grupos de pessoas não encaixam em mim. Comecemos pelas irmãs de todos nós, mulheres do senhor nosso deus: como é que alguém pode achar que a rezar está a contribuir para um mundo melhor? Se Ele (o tal!) é tão bom como dizem, salva-nos a todos, sem perguntar quantas Avés Marias rezámos ou foram rezadas por nós em vida. Para além do mais, a Igreja Católica assemelhasse-me, nesta estranha relação matrimonial, a uma enorme colher daquelas que o povo diz não se meter entre marido e mulher. Mas enfim, são opções de vida e, quanto a isso, não há mais nada a dizer.
Os namorados das minhas amigas são outra espécie que me faz comichão. Primeiro, “orfanizam-me” nos intervalos. Depois, nas horas de almoço e nas tardes livres.
“ - Hoje ficas na escola à tarde?”
“ - Fico sim, vou namorar”.
Como se isto não bastasse, ainda nos invadem as conversas, materializados em comentários que, para uma pessoa carente, são mais difíceis de suportar do que a dor.
No fundo, talvez a razão resida toda no facto de eu ser uma agnóstica irremediável, solteiríssima.
5 comments:
Pois, como eu te compreendo (em relação a ambos os conceitos aqui descritos. Achei que tinha que o dizer, pronto). ;)
Mas a falar a sério, também nunca percebi a ideia por detrás de certos conceitos religiosos e, apesar de já ter estado ligado em tempos à igreja, nunca ninguém mos soube explicar de forma credível. Achei que era melhor deixar para quem acredita ao ponto de se sujeitar a determinadas provações.
Quanto ao segundo, apenas te posso deixar a minha solidariedade. De alguém que te compreende. :)
Beijinhos.
Hmm... tenho uma palavra para isto: House.
(mais concretamente episódio "Damned if you do"- primeira temporada [sim eu sei, a minha memória selectiva deveria redireccionar-se para coisas mais úteis]. I just can't help it).
Isto sobre a história das freiras, claro.
Eu sei bem o que isso é.
Como eu te compreendo amiga.
Beijo*
..afinal, se tu não me compreenderes, quem me compreende?
beijo com sabor a castanhas. :]
Ah, não sou a única :)
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