Lá ao fundo, bem lá ao fundo. Uma pintinha próxima da linha do horizonte que os seus pequenos olhos alcançavam.
“- Achas que é muito longe?”
“- Tens pressa?”
Caminharam. Lado a lado, mão com mão. O fio que existia entre os seus olhos só se quebrava, de tempos a tempos, para vislumbrarem o pequeno ponto e perceberem se iam na direcção certa. E daí, talvez nem se quebrasse. Talvez esse fio invisível estivesse sempre presente, unindo muito mais do que o olhar. Com a respiração sincronizada, o resto do Mundo ficava muito longe e o paraíso dos sonhos abraçava-os e enlaçava-os e entrelaçava-os. Eles eram esse lugar encantado. Passo a passo, a pintinha lá ao fundo ganhou forma.
“- Uma placa?”
Sim, uma placa. Uma placa daquelas que indicam o início ou o fim de uma localidade. Uma simples placa de beira de estrada, com a única particularidade de não ter nada escrito.
“- E agora, como sabemos que sítio é este?”
Ele agarrou na caneta preta e escreveu. Ela sorriu.
“- Achas que é muito longe?”
“- Tens pressa?”
Caminharam. Lado a lado, mão com mão. O fio que existia entre os seus olhos só se quebrava, de tempos a tempos, para vislumbrarem o pequeno ponto e perceberem se iam na direcção certa. E daí, talvez nem se quebrasse. Talvez esse fio invisível estivesse sempre presente, unindo muito mais do que o olhar. Com a respiração sincronizada, o resto do Mundo ficava muito longe e o paraíso dos sonhos abraçava-os e enlaçava-os e entrelaçava-os. Eles eram esse lugar encantado. Passo a passo, a pintinha lá ao fundo ganhou forma.
“- Uma placa?”
Sim, uma placa. Uma placa daquelas que indicam o início ou o fim de uma localidade. Uma simples placa de beira de estrada, com a única particularidade de não ter nada escrito.
“- E agora, como sabemos que sítio é este?”
Ele agarrou na caneta preta e escreveu. Ela sorriu.
8 comments:
Poder escrever os momentos e os locais é óptimo.
Parabéns Luísa, muito bom.
que LINDO, mesmo. aninha, atrevo-me a dizer que este é um dos metaforicamente mais bonitos. oh miúda, eu tento é aprender contigo! e afinal, nem a tua rabugice te impede de escrever coisas.. assim.=)
"Com a respiração sincronizada, o resto do Mundo ficava muito longe e o paraíso dos sonhos abraçava-os e enlaçava-os e entrelaçava-os."
genial.
vamos inventar nós uma placa?
É bom quando somos nós a escrever o nosso caminho.
É bom quando podemos ser nós a criar momentos e percursos.
É bom quando o podemos fazer... juntos.
Sensacional.
Beijinhos
^^
Gosto disto, sim senhor.
(por essas e por outras é que trago sempre uma caneta comigo)
Obrigado a todos. Mesmo.
^^
Oh, Luísa, adorei! : )
Luisa, depois de ler esta tua "viágem", obrigo-me a desejar-te que a vida vá sempre colocando placas no teu caminho e que o fio invísivel do olhar nunca se quebre.
Completamente pressionada pelo tempo e sabendo que vais ler algumas "placas" durante estes dias, faço minhas as palavras do Bartolomeu.
Um abraço e boa estadia no Campus...
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