Monday, May 22, 2006

Reflexões

Há dias em que acordo particularmente crítica, como hoje, e me pergunto: mas afinal, para quê tudo isto? Para quê “viver menos” para lutar por uma média, por um curso, por um diploma, quando sistematicamente ouvimos falar em desemprego?
Num dia normal não penso assim. Reconheço o valor da escola e pertenço à minoria que gosta de estudar. Estou na área que adoro, mesmo que não seja a socialmente correcta. E apesar de não ser uma aluna brilhante, não estou em risco de chumbar.
Porém, sinto-me mais estúpida a cada teste que faço. E sinto também que o nosso sistema não está feito para apoiar aqueles que querem efectivamente seguir uma vida académica. O curso de Ciências Humanas e Sociais, e caso a Filosofia seja específica do curso que os alunos pretendem tirar, terá, na nova reforma, cinco exames ao longo do Secundário, enquanto os outros cursos científicos farão apenas quatro. Onde está a igualdade? No 12º teremos um exame de três anos à disciplina de História, o que equivale quase, na minha opinião, a uma cadeira universitária.
Acho que muitas vezes o ensino complementar tende a cair nas facilidades do básico mas muitas vezes também tende a exigir-nos o que supostamente faz parte do ensino universitário. Critico ambas as situações: o Secundário deve ser encarado com tal.
Voltemos à minha situação. Como pessoa mediana que sou, provavelmente o meu destino será semelhante ao da pluralidade da massa juvenil. Um diploma de uma Universidade mediana do país (de Psicologia ou algo parecido) e uma vida muito parecida com a dos meus pais: uma cidade pequena, um emprego estável e uma família similar à minha. Ou pelo menos, era assim que eu pensava há alguns anos atrás, dado que o rumo do país parece indicar tudo menos um “emprego estável”. Mas também não adianta nada, por agora, pensar pior. Este estilo de vida já me fascinou… Mas agora dou por mim a pensar com seria tirar um curso realmente aliciante (pelo menos para mim!) como Diplomacia ou Relações Internacionais e ir conhecer este Mundo, que sendo tão grande, é tão pequeno. Poder ajudar a decidir o rumo das coisas, ter voz activa para dizer o que penso, amar causas e lutar por elas! Ter a possibilidade de ajudar realmente a mudar o Mundo!

Desci à terra outra vez (de vez em quando viajo…). O trabalho de História espera-me.

2 comments:

Hugo da Graça Pereira said...

Epa Ana, sobre o Ensino a geral, o que queres uqe te diga?? Uma bandalheira total, uma coisa completamente indescritivel, instavel, decadente, atrasasa, algo obsoleta, incapaz, ineficiente, destruturada e instruturavel, olha eu nem sei...faltam-me os adjectivos... bem, falando clara e concisamente é um nojo. E a verdade incontornável é exa... ás tuas reclamações, bastante justas por sinal, juntam-se centenas, talvez milhares de outras não menos justas. Há muito que fazer no campo da Educação.
Quanto ao teu caso particular, tu só não chegas lá se não quiseres. Vamos ser realistas e deixarmo-nos do politicamente correto. Da pluralidade da massa juvenil tens que subtrair uma larga percentagem que não tem aptidão para as áreas académicas. Resta uma percentagem que nõ é assim tão grande quanto isso, mas na qual tu claramente te incluis. Agora Ana, falando claramente, o que nem toda essa boa gente tem é força de vontade e ambição! Esses sim são os motores para se chegar longe e tu possuis-los. Por isso Ana, luta por aquilo que realmente queres, porque tu tens capacidade para lá chegar, basta acreditares e lutares por isso. Obviamente que depois entra o factor sorte, mas como isso é algo que não podes controlar, não te preocupes com ele. Preocupa-te com o que TU podes fazer, e tu podes fazer muito, se assim o quiseres...

Anonymous said...

realmente viajas um bcd
lol...na brinca..isso td k xcrevest é o k pensa kk aluno d humanidades k espera algo mais do k o 12º ano..e considerando-me em posição d t dar conselhos, como amiga, n percas tp a pensar nisso, t leva a nada d bom... e olha k eu sei bem do k falo...catarina