Há coisas que não se escrevem – porque tão-pouco se descrevem. Há cadeiras que nos ajudam a ultrapassar muros (físicos e intelectuais); há conversas em que, simultaneamente, ao descobrirmos o outro, nos encontramos a nós; há teatros cómicos onde o nosso riso não encontra lugar para estranhamente, depois, mais tarde, não se conseguir controlar no meio da marginal; há lugares e ocasiões em que nos sentimos plenos, confortáveis, bem. Isso mesmo – bem. Tanto que nos damos ao luxo de comentar, connosco próprios: "É isto, é isto mesmo." - E não sentimos medo nem dúvidas nenhumas.Há dias que não queremos que acabem, embora estejamos fartinhos de saber que isso é impossível e infantil. Ainda assim, sentimos saudades e melancolia quando acabam mesmo – para dar lugar a outros, claro está, para dar lugar à rotina: com tudo o que isso tem de melhor e de pior. Mas concentremo-nos no melhor: na perspectiva de outras rotinas que, pelo menos nos primeiros tempos, serão novas.
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Imagem: www.parlamento.pt
19 comments:
"há teatros cómicos onde o nosso riso não encontra lugar para estranhamente, depois, mais tarde, não se conseguir controlar no meio da marginal;"
Gosto mesmo especialmente desta frase ... Mesmo ## .
"Agora, vamos fazer um jogo, vamos descobrir quem nao estao bem de espirito, bla bla bla"
Ana: "Va, ri-te, ri-te, abre bem o riso, senão ! " xD
Ana:"YESS GANHEI ... Oh treta... :S Afinal perdi xD"
Ana:"É tão bom estar aqui ... "
Vamos deixar de falar na Ana va ...
Ana"P'ra qué que o pessoal de Ourém há-de ir a Fátima a pé, se os de Fátima nao vêm a pé a Ourém?" xD
Oh ana ! Que fique escrito.! Convido-te desde já para uma reunião do PJ 2009 :)
"Há dias que não queremos que acabem, embora estejamos fartinhos de saber que isso é impossível e infantil. Ainda assim, sentimos saudades e melancolia quando acabam mesmo – para dar lugar a outros, claro está, para dar lugar à rotina..."
Estou cem por cento de acordo contigo Ana! Há dias que por nossa vontade nunca chegavam ao fim de tão marcantes e especiais que se tornam para nós, mas é a rotina e o quotidiano da vida e nós temos de lhes obedecer.
Abraço!
sim, meu anjo...há dias que bem podiam permanecer, mas se isso acontecesse iriam ser parte dessa rotina, o facto de saberem a pouco é parte do que os torna tão especiais e nos faz querer mais do mesmo. O que importa é que vivamos cada momento ao máximo, sem pensar em mais nada senão no aqui e agora.
Quando acabam deixam-nos melancólicos, é um facto...mas ficam para sempre, mais do que uma rotina eterna, é desses momentos que nunca nos esquecemos e que levamos connosco até onde quer que o vento nos leve...
adoro-te,
(assim como aos nossos poucos, mas bons momentos).
Bom, só posso subscrever. Disseste tudo e tão bem...
Parabéns. Aquela casa há-de ser ainda mais nossa.
Beijinhos e felicidades Ana Luísa,
Alexandre Santos Quinteiro (Bragança)
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Obrigado pela visita e comentários à auto-estrada.
Espero que não te importes mas não pude evitar colocar um link para este teu post.
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Cara deputada, a escrever/falar assim jamais será maçadora.
De lados diferentes, mas, ao contrário do que hoje acontece, pelo mesmo fim. Por um futuro melhor para todos e de todos.
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Belo texto...Marginal e tal...contudo foi esquecido o pormenor de alguém ter andando de pijama! :)
Ringo - Convite aceite! Para o ano quero-te lá como deputado # E continuo sem perceber porque raio é que as pessoas de Ourém hão-de ir a Fátima a pé se o inverso não acontece. Vocês riem-se riem-se, explicarem-me é que nada...
Zé - É. É uma pena. Mas, enfim, pelo menos existem - e isso é já muito bom.
Raquel - A descrição encaixa nos nossos momentos, não é? Tudo tem coisas boas e más: o facto de estes acontecimentos existirem é a parte boa e devemos centrar-nos nisso.
Alexandre - Vim de lá a acreditar nisso - ou seja, em nós. Daqui a uns anos veremos, espero que a vida seja coerente. Foi um prazer *
Pedro - Andar de pijama é uma maneira de estar na vida :) Ainda ando a pôr o sono em dia graças àquela ida aos hamburgueres - mas valeu tanto a pena! Pelas conversas, pela birra do André, pela perseguição aos carros, pelo muro, pelo portão, pela polícia... Enfim, certamente não vamos esquecer.
Lá continua ela com o seu percurso invejável como era de se esperar, tendo pois claro, uma palavra a dizer também no âmbito socio-político, e como tal, tomei a liberdade de aqui colocar um sugestão interessantíssima a meu ver, denominada por “The Great Debaters”.
É um filme tem como pano de fundo os EUA, no inicio da década de 40, em que um professor que vive no Texas, cria um grupo de debate com os seus alunos universitários. Com intuito de por fim a descriminação racial. Brevemente nas salas portuguesas…
Acho que encaixa no teu perfil! Não o percas! Porta-te bem….
só eu é que não vos vi na televisão?
estamos distantes.
Espero que um dia te possas lá sentar bem à frente, de preferência de frente e fazeres bem melhor...
Abraço
...do que os que lá estão, entenda-se! ;-))
Nair (é, não é?)- Obrigada, pela sugestão e pelo resto. Vou ver sim senhor, já está anotado.
Ju- Podes ver as gravações! (Essas coisas conversam-se na escola...) *
Rosinha- Eu também espero (não vale a pena dizer que não, quero enganar quem?). E espero essas duas coisas. Beijinho.
Quando leio os teus textos parece que mos sussurras ao ouvido, transmites tanto de ti para as tuas palavras que, isso se apodera da minha capacidade de conseguir ser eu a ler o texto e, de um momento para o outro és tu que por pura magia mos lês.
Tenho tanto orgulho de ti - madrinha, o orgulho que sinto por ti é tão intenso que, posso gritar para toda a gente que és MINHA madrinha e que és a maior. Numa palavra te descrevo - VIDA, porque me completas.
Beijinho Grande
Inês - És um doce de afilhada! Obrigada meu anjo. Muito boa sorte para esta nova e grande etapa, sim? Estarei na seguinte à tua espera - sempre disponível para qualquer coisinha que necessites.
"Há lugares e ocasiões em que nos sentimos plenos, confortáveis, bem. Isso mesmo – bem. Tanto que nos damos ao luxo de comentar, connosco próprios: "É isto, é isto mesmo." - E não sentimos medo nem dúvidas nenhumas. Há dias que não queremos que acabem, embora estejamos fartinhos de saber que isso é impossível e infantil."
Folgo por saber que não somos os únicos a pensar assim. Subscrevo por inteiro, pois em poucas mas valorosas linhas descreveu-se aquilo que tomava por indescritível. Os meus sinceros Parabéns, Sra. Deputada. Espero francamente, para bem de ambos, que nos encontremos novamente na AR em 2009.
Cláudio Barbosa Teixeira
(Círculo de Viana do Castelo)
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