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Somos frágeis, muito frágeis. Quebramos por nada, por pequenos incidentes. Guardamos uma mente de cristal num corpo de porcelana e, contra tudo o que seria razoável, passamos anos a acharmo-nos imortais. Ironicamente, são os anos em que nos provocamos, em que nos levamos ao limite. Não existe o “não poder/não dever”. A meta é o céu, antes disso somos apenas mariquinhas de saias.
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Até que, um dia, ganhamos medo. Muito medo, o medo frenético do arrependimento. Só nestes momentos é que percebemos o quão gostamos de nós mesmos (e de cá andar).
.A partir de agora, o objectivo é muito mais do que o céu: é a auto-absolvição. Marca a merda da consulta, quanto mais tarde pior.
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13 comments:
Achei muito interessante esta tua temática e a sua abordagem. Parabéns.
O texto em si espectaculo!! nao há duvida!! podendo referir-se a várias temáticas!!! agora o final... é que eu não esperava... pode-se dizer que é um história com um final imprevisto!! Adorei!!
Afonso Adão
diferente e igualmente incrível.
e sim, a temática é muito boa.
gostei mesmo... racional e marcante.
adoro te ^^
Lembras-te de um poema de Álvaro de Campos em que ele dizia:
"Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!"?
Pois bem, aqui vai a minha cobardia- sou uma mariquinhas, mas uma mariquinhas sem saias, que nem para isso tenho coragem.
Tiago - Obrigada ^^
Afonso - Este não é um texto de ficção. É escrito para alguém real, com uma partida base muito marcada. Gostava que o final triunfante tivesse saído da minha cabeça, fosse ideia minha, mas, infelizmente (por esta razão que enunciei e pelo facto de não ser um assunto "bonito"), toda a "carta" foi escrita nesse propósito: de convencer a pessoa a marcar a consulta. De qualquer maneira, ainda bem que te agradou :)
Raquel - Obrigada minha querida, mesmo :) é bom saber que estás aí.
Sarinha - Conheço sim, e devo dizer-te que é dos meus favoritos. Quanto ao facto de seres uma mariquinhas, somos todos (ou, pelo menos, eu conheço muito poucas pessoas que o não sejam). A saia, é só um adorno, para aqueles que gostam de tapar o que é feio de se ver. Ainda bem que a não usas, ficas muito mais bonita assim.
é engraçado como somos de extremos. e ainda mais engraçado ver que os tais mariquinhas são mariquinhas nos dois lados opostos.
muito interessantes, mesmo.
ups, queria dizer interessante (referindo-me ao texto).
assim ficas com outro comentário. eheh ^^
farto-me de dizer isso a metade de mim...
gostei do texto
beijo
Ju - Também acho interessante. Embora, por vezes, se torne é preocupante. Quando os extremos resultam no que lhes está na natureza: problemas.
Vsuzano - Obrigada, volta sempre :)
arcadia21.blogspot.com
se não participares nisto nunca mais te leio. Sim, é uma ameaça infantil, mas é assim mesmo.
E faça o favor de divulgar.
Disse-te tudo quanto podia dizer acerca do texto. * E volto e voltarei, sempre para o reler.
(Comichão.)
Atrair problemas, medo e arrependimento, vontade de continuar por cá... Tudo situações reais, e nem sabes o quanto a vontade de continuar por cá faz a uma pessoa. Há quem chore, quem tema, porém, devemo aproveitar enquanto cá estamos e não pensarno que virá...O que será,será e teremos de estar prontos para aceitar esse facto. Quanto à consulta, sei bem quem precisa de uma... :)
Sarinha - Não foi no primeiro mês, é agora. Está combinado.
Rita - Volta, lê, interioriza.
Mézinha - *
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