Na minha primeira infância, em casa da minha avó, eram os malmequeres campestres que decidiam o desfecho das histórias de bonecas que inventava. Ia retirando as pétalas, uma a uma, numa ilusão e abstracção absurdas. Repetia baixinho a cantilena “bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer…” e, dependendo do resultado, a boneca heroína tinha ou não o destino de sonho de qualquer criança.
Parecia-me um bom método! Afinal de contas, ilibava-me de todas as responsabilidades! No entanto, um dia destes, ao arrancar, distraída, uma das tais flores, pus-me a pensar. Que flor tão pessimista! À partida, só pelo nome, malmequer, pressupõe um resultado negativo. Não é lá muito honesto, na minha opinião. De certeza que foi alguém com muito pouca sorte que deu o nome à pobre flor. Se temos 50% de probabilidade de que a última pétala seja “bem-me-quer”, porquê escolher a opção mais derrotista para nome?
Parecia-me um bom método! Afinal de contas, ilibava-me de todas as responsabilidades! No entanto, um dia destes, ao arrancar, distraída, uma das tais flores, pus-me a pensar. Que flor tão pessimista! À partida, só pelo nome, malmequer, pressupõe um resultado negativo. Não é lá muito honesto, na minha opinião. De certeza que foi alguém com muito pouca sorte que deu o nome à pobre flor. Se temos 50% de probabilidade de que a última pétala seja “bem-me-quer”, porquê escolher a opção mais derrotista para nome?
Bem-me-quer, mal-me-quer, bem-me-quer, mal-me-quer,
bem-me-quer.
2 comments:
Bem-te-quero! ;-))
Pessimista? Realista, amiga. O homem mal-quer a quase tudo o que conhece...
Mas coisa extraordinária na raça humana: Bem-te-quero!
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