Friday, August 31, 2007

Inebriação

Engana-me uma vez mais. Imploro-te que agarres em mim e me sussurres todas as mentiras boas que fores capaz de reunir. Que a consciência não te pese: afinal, estás a fazê-lo com o meu consentimento, todas as consequências serão assinadas por mim. Engana-me. Engana-me. Faz de mim gato e sapato, joga os meus sentimentos à parede, ilude-me. Envolve-nos aos dois num nevoeiro escuro e deixa que a densidade astronómica do ar nos sufoque. Tens medo? Estaremos juntos, com todas as mentiras que criámos à nossa volta. Morreremos num ambiente familiar, sem que sejam necessárias despedidas tristes.

Fotografia: http://olhares.aeiou.pt/_das_maiores_invencoes/foto1421120.html

12 comments:

Anonymous said...

Quando temos pessoas que sabemos que estarão sempre lá para nos dizerem aquela palavrinha e nos darem aquele conselho nunca estaremos sós.
Espero que saibas que apesar da distância espacial tu estás sempre presente no meu pensamento e que podes sempre contar comigo para tudo.

Saudades!

Abraço Luisa!

Luisa Oliveira said...

Eu sei Zé. Sei mesmo. E espero que saibas que o mesmo que aplica no sentido inverso.

Muitas saudades, mesmo muitas. O Fred disse-me um dia que a Academia torna as pessoas melhores. E muito unidas. Bem verdade, não achas? :)

Abraço bem forte ^^

Anonymous said...

Bem verdade sem dúvida!
A Academia tem uma capacidade especial de nos moldar como pessoas e ao mesmo tempo de nos proporcionar momentos fantásticos que iremos para sempre recordar.

Para o ano lá estamos! =D
A menina de línguas e o menino da física (talvez xD).

Beijo

Rita said...

A verdade é que chegamos a tal ponto desesperante que não nos importamos de nos envolver num vulto de mentiras, mas isso não é o melhor (e talvez, nem o pior)... Nós só O queremos ali...

Gostei muito :)

Maria João said...

Incrível como conseguiste transmitir a força das palavras tão vivamente. :)

Patricia said...

Senti cada palavrinha do teu texto. Sabes o que isso significa? Que está mto profundo :)
Obviamente lindo tb, como sempre.

beijoca :)

Luisa Oliveira said...

Rita - Não é um texto actual. Mas só agora é que consegui perceber o que sentia há muito, muito tempo. (será assim tanto?). Não sei explicar bem mas parece que só com alguma distância é que consigo avaliar e descrever o que sentia. É isso mesmo, a única coisa importante era essa :)

Maria e Patrícia - Obrigado. É muito bom ler isso :) Muito mesmo.

Joana said...

não dá para acrescentar mais nada. já foi tudo dito: sentido, profundo, espectacular.. ora, o do costume. mas penso que neste, não querendo dar menos importância a todos os outros, colocaste muito mais força.
concordo com a rita. chegamos a uma altura que só ele importa. ele, ele, ele. o problema é mesmo esse. não podemos deixar que ele nos preencha de uma maneira que se torne uma dependência perigosa - tu percebes.


e se tu estás feliz, eu estou feliz. ;)

Bartolomeu said...

Romeo and Juliet?
It seem's like!
;))
Bonita súplica à imponderável sustentabilidade da paixão, Luisa.
Have a kiss.

Luisa Oliveira said...

Ju - Percebo. E percebo também que parte do teu comentário se aplica mais a ti do que a mim. Estamos, somos felizes :) obrigado pequenita :)

Bartolomeu - Sempre fui um bocadinho evidente demais ;)

SA. said...

Portanto... eu voltei.

E o melhor disso é que já te posso ler outra vez =D

Luisa Oliveira said...

Sarinha - Uff, finalmente! As saudades já apertavam muito ^^