Tuesday, August 28, 2007

Oh yeh!

O amor é uma necessidade intrínseca. Depois de algum tempo aqui, neste nosso Mundo (ou Mundo nosso?), percebemos que a nossa tarefa suprema não é nada mais, nada menos do que conhecermo-nos a nós mesmos. E, passado o rasgar de reacção ao ridículo que se desenha na nossa face (afinal, como podemos não nos conhecer?), compreendemos quão complexa é a tarefa. Porque é uma função eterna, que dura exactamente o mesmo tempo que nós. Enquanto vivermos, lutamos desesperadamente pelo conhecimento e enriquecimento de nós mesmos.
É num momento de desespero que sentimos necessidade de trespassar a tarefa. Desejamos secretamente que a pessoa escolhida consiga aquilo que nós não conseguimos e murmuramos ao seu ouvido “conheces-me melhor que eu mesma”. Entregamos a nossa somatognosia e o nosso "eu psíquico" e ficamos assim, à espera que o trabalho apareça feito.
Acontece que, na realidade, sabemos que mesmo que isso seja verdade, não estamos livres do desafio. Afinal, não podemos desistir de nós mesmos. E sabemos que temos que continuar a caminhar e a lutar “enquanto houver estrada para andar”. Contudo, sabemos também que o percurso é muito mais agradável quando estamos acompanhados por quem amamos. Oh, se é!

14 comments:

Rosa dos Ventos said...

...e por quem somos amados...
Abraço

Luisa Oliveira said...

Rosinha, é verdade.

Rita said...

Talvez porque essa pessoa ajudará-nos sem duvida a conhecermo-nos a nós proprios :)
Normalmente, vêem, o que nós não vemos :X

Tiago Ramos said...

Gostei bastante do que escreveste e como o fizeste. Nota-se cada vez mais que voltaste bastante madura, com uma melhor capacidade para te exprimires. Parabéns.

Luisa Oliveira said...

Rita - É isso. E nós vemos nessa pessoa o que ela não vê. Uma entre-ajuda boa :)

Tiago - Obrigado. Obrigado mesmo. Fico muito feliz de achares isso.

Lenin aka JR said...

Acho que cheguei tarde...

Tudo o que podia ser dito já o foi.

Concordo em absoluto com a Rita e também estou de acordo com o Tiago.

Toda a nossa vida não passa de um caminho de descoberta. Alguns conseguem lá chegar sozinhos, outros optam por se rodear de quem gostam para que os acompanhem na viagem. Eu, pessoalmente, preferia o segundo... se pudesse escolher.

Gostei muito.
Beijinhos.

Luisa Oliveira said...

João - Podemos sempre escolher. Quanto mais não seja, aquilo que queremos. E depois de sabermos o que queremos, é ir à luta, sem medo de perder (ao menos tentámos). Há muitas pessoas que gostam de nós, há sempre. :)

Obrigado ^^

Joana said...

é fácil escrever "não podemos desistir de nós próprios", e não tão fácil, por vezes, fazê-lo. felizmente, és daquelas pessoas com uma força interior tão grande que supera qualquer factor externo.

e alguém duvida de que consegues? pfff. nem pensar!

Luisa Oliveira said...

Eu duvido. Não poucas vezes.

Mas contigo tudo se torna mais fácil, fada Sininho :) Algum dia me deixavas desistir de mim? Pfff, nem pensar.

Patricia said...

Se é...
Infelizmente, a vida não é perfeita e nem sempre isso acontece. Ás vezes, temos de nos conhecer a nós próprios e cuidar de nós principalmente para não sairmos magoados e tristes, porque mesmo que essa pessoa não exista nós continuamos a existir e a viver :)

Adorei o que escreveste.
Beijinho*

Indie-Go! said...

gosto do titulo do blog. way to go!

Luisa Oliveira said...

Patrícia - Tens toda a razão, desistir de nós é que não pode ser. De modo nenhum. Obrigado pela visita, abraço.

Indie-go - Obrigado :)

Maria João said...

Pois é, essa difícil mas desafiante tarefa :)
Gostei mesmo. ^^

Luisa Oliveira said...

Obrigado Maria :)

(desafiante mesmo!)