Thursday, August 30, 2007

Jogos de Roda, Parte II

Tenho uma criança a rodar nos meus braços. E a sorrir. Não sei se para mim, se para o Mundo, se para si mesma. O facto é que sorri: como se só ela percebesse a dimensão daquilo que a faz feliz. O que ela não sabe (talvez desconfie…!) é que aquele sorriso torna o Mundo um lugar com menos medo de existir.

Não me sinto a viver um sonho mas sinto-me, definitivamente, a viver a minha vida. E, acreditem, é uma sensação muito boa. Desconfio até que se algumas pessoas soubessem quão bom é, viveriam mais as suas.

* Fotografia: http://olhares.aeiou.pt/s_t/foto1056162.html

13 comments:

Tiago Ramos said...

O sorriso de uma criança significa felicidade e coragem, sem temer nada. E todos nós devíamos o ter de vez em quando.

Rita said...

Nem toda a gente se contenta com a sua vida, e acabam sempre, de preferir viver a dos outros, o que realmente é triste. Toda a gente, tem uma vida interessante, por isso, sim, sorriam e vivam mais a sua :)

Parabéns, que eu adorei o texto :D

Joana said...

e eu gosto tanto de ser criança contigo, minha pequena. :D

Patricia said...

Há alguma coisa mais bonito do que o sorriso de uma criança? :)
A inocência, a genuinidade, a transparência de um sorriso de uma criança... é tudo...

Sorrir é um remédio excelente! :D

Beijoca*

Maria João said...

Belíssimo, Luísa. : ) *

Lenin aka JR said...

E é bom poder ser criança, até mesmo quando já somos "grandes". E poder sorrir, e viver como se não existisse mais nada, como se não existisse amanhã.

Mas por vezes não nos deixam e olham para nós como se tivéssemos feito algo de muito errado. Algo fora dos parâmetros considerados normais.

Só temos que ser mais como as crianças e não ter medo... medo de existir.

Gostei muito.
Beijinhos.

Luisa Oliveira said...

Tiago - Deviamos tê-lo sempre. Mas às vezes não conseguimos. Ou achamos que não conseguimos.

Rita - Ou a dos outros ou uma vida sonhada, que não nos pertence. E em vez de vivermos com aquilo que temos (ou aquilo que temos), acabamos muitas vezes por nos fechar em copas, como se só o impossível fosse bom. Obrigado :)

Ju - E quem é que não gosta de ser criança contigo?

Patrícia - Concordo mesmo contigo. Obrigado pela visita simpática :)

Maria - Obrigado querida :)

João - Tudo inveja. De quem já perdeu a força ou a vontade de sorrir. Obrigado !

Anonymous said...

O que distingue as pessoas interessantes das outras é aquele brilhozinho nos olhos especial.
No caso das crianças é aquele sorriso que ao mesmo tempo é ingénuo e maroto.
E, tal como elas, nós devemos viver a vida sempre a rir e nunca desesperar por uma vida que não temos sem dar o devido valor à nossa.

Abraço Ana!

Luisa Oliveira said...

Zé - Mesmo isso. Tal e qual. A nossa pode ter tantas coisas bonitas, de sonho até. Para quê virar-lhe a cara?

Beijinho.

Moonlight Spell said...

Foram uns 17 anos difíceis. Mudei, sobrevivi, lutei, aceitei e conheci.
Posso dizer que este ano conheci algumas pessoas especiais. Entre elas, tu.
Embora tenha sido uma semana, tive uma certeza: és especial. Não é fácil encontrar alguém com as tuas ideias e gostos. Olho para ti e sei que um dia serás grande. Vais conseguir deixar a tua marca e mudar um pouco este mundo.
Vive a tua vida, ao mesmo tempo, entrelaçando-a e fundindo-a com os teus sonhos.
Sorri e sê criança.

(Escreves lindamente, o teu blog foi uma óptima surpresa)
***

Luisa Oliveira said...

Ana Luisa - Obrigado, muito obrigado e outra vez obrigado. Se a Academia valeu tanto a pena, podes crer que se deveu muito às nossas conversas de último dia. És uma pessoa incrível. (Um dia, havemos de ouvir Zeca Afonso juntas :) Abraço muito forte

Hugo da Graça Pereira said...

Adoro rodar uma criança nos braços, lança-la ao ar e ver o contentamento dela espelhada francamente na façe! Aquela inocência é tão fácil de contentar! Basta uns minutos de atenção e uma brincadeira para fazer daquela criança a mais feliz do mundo! E esta simplicidade fascina-me.

No fundo acho que somos todos assim. Crianças à espera que venha alguém que nos lance no ar, nos faça sentir aquele frio na barriga e desatar as gargalhadas...

Ao fim de tantos anos amigas, isto já se torna repetitivo: adorei! Muito, muito bem escrito! Mesmo! =)

Luisa Oliveira said...

Obrigado Hugo. Por tudo ^^