
Gosto muito dele. Mesmo muito. Gosto quando põe o braço por cima dos ombros da minha avó e voltam os dois a ser de tenra idade, gosto quando recordam histórias, nomes, lugares. Gosto quando ele ouve mal e eu tenho de repetir mais alto, Gosto quando brinca comigo. Gosto que ele seja assim, o meu avô, o meu querido avô. Gosto quando os olhos dele brilham.
Hoje, ao almoço, queixou-se de que as ideias o não deixam dormir, que pensa demais e dorme de menos: “- Ideias de velho, aqui às voltas, sem me deixarem fechar os olhos”. Devia ter-lhe dito (mas sou pateta e fiquei calada) que as ideias de velho são isso mesmo – ideias de velho – o que, por si só, não faz delas ideias velhas.
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6 comments:
Vês? Não precisa de ser excelente ou estonteante, só precisa de ser. Melhores dias virão, para as duas^^
Muito bem, uma bonita homenagem. :)
muito autêntico e genuíno !
escrito com muito orgulho, orgulho esse que é seguramente recíproco :)
Afinal esse factor cíclico foi rápido... e ainda bem. Um dia, queria ter uma netinha que me fizesse este tipo de homenagem.
E, por vezes, essas ideias de velho não são mais do que novas ideias... disfarçadas com o peso dos anos de quem as tem.
Beijos Comovidos
João
Sarinha - Espero que sim, espero mesmo.
Tiago - Obrigada :)
Raquel - Hope so! Obrigada '
João - Ora aí está! (Gostava que essa netinha fosse, er, como é? Epa, que eu fosse, er, como é? Olha, da minha família. Tu percebeste! Ahah).
Muito bonito e emocionante, pelo menos para mim que recordei o meu avô. Recordei pois, porque infelizmente ja ca não está! :'
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