Sunday, August 20, 2006

Fragmentos de Poesia (histórias que eu gostaria de ter vivido...ou de vir a viver)

(Escrito após a leitura de três ou quatro bons romances. É do que tenho lido mais, exceptuando as segundas leituras do Daniel Sampaio e um ou outro romance político e/ou histórico)

Quando a sociedade dita as regras, quem sou eu, um mero peão num enorme jogo de xadrez, para me opor?
Estás longe mas sinto-te perto. Outras vezes há, porém, e bem mais dolorosas, em que estás perto mas te sinto longe. E é destas vezes em queria tocar-te mas não posso, nem em pensamento. Porque as regras não deixam. Sobe então em mim um desejo incontrolável de gritar, como se o meu grito (o mais potente do Mundo), conseguisse abafar todas as outras vozes que falam baixinho e que magoam, magoam, magoam. No entanto, não consigo fazer com que o grito chegue ao coração e portanto, falho.
Olho para ti, nem que seja em pensamento, e sonho em tocar-te. Em possuir-te, nem que seja apenas por um instante. Apenas para ter o que recordar.
Não posso e sei que não posso. O teu olhar relembra-mo. Como poderia ter-te apenas por um momento se te quero para toda a vida?
E eis que tudo se torna claro! Se fosses meu, não havia esta magia construída apenas na base de sonhos. Vou parar de sofrer.
Vou aproveitar todas as regras contra, todas as distâncias, todos os “não”, todas as dores, todas as alegrias, todas as lágrimas, todos os sorrisos para criar mais e mais magia.

1 comment:

Anonymous said...

Só conservamos o que não possuímos!