Sunday, December 31, 2006

' LIFE

A vida é uma obra de arte. Palavras, traços, uma escultura, notas musicais, um passo de dança… Depende do artista, claro. E como em toda a arte, há ritmo, textura, movimento, ondulações, som, cor, imagem, mais ou menos harmonia, impacto, respiração, momentos mortos e de silêncio, espaço vazio, solidão, raiva, lágrimas, suor, saliva, ódio, paixão, encanto, sedução, martírio, desespero, gargalhadas, buracos negros, risos desencontrados, palmas, desencantos, aplausos, mimos, feitiços, emoção, nojo, sexo, magia, prazer, amor, (in)felicidades,… Vida. Toda a obra de arte como sinónimo de entrega. E alguns momentos de viragem. Correrias em pés descalços. Sonhos. Recordações de passado e futuro. Imundice. Demónios. Mantas. Jornais. Lanternas. Mato. ANIMAIS. Pessoas. Crianças, velhos, jovens, adultos, cotas, malta, idosos, miúdos.

A vida é complexa. Apesar de por vezes a complicarmos ainda mais, a minha opinião é que ela não é, de todo, simples. Não há nível de principiante.

A passagem de ano, por si só, não muda nada. É um dia tão especial como todos os outros. Mas pode, talvez, servir de pretexto. De rampa de lançamento. Ou de paraquedas. Colchão. Parapeito de janela. Corrimão. Ou balanço.

E corremos. Correremos sempre?

2 comments:

Rosa dos Ventos said...

Ou será o tempo que corre?

Luisa Oliveira said...

Corremos atrás dele!

(ou tentamos, pelo menos)