Thursday, May 31, 2007

Brócolos

Os brócolos fazem bem à saúde. Se a tua vida é igual à deles, não estás nada mal!” _ Leonor.

Boa maneira de perspectivar as coisas. Quando for grande também vou ser uma pessoa optimista.

Chora

Se te apetece chorar, chora. Não vou dizer que sabe melhor do que sorrir, mas chega a saber bem.

Há coisas que pioram antes de melhorarem.

Sunday, May 27, 2007

Os nossos LOBOS

Todos temos lobos debaixo da cama ou dentro do armário. É esta a minha opinião sincera. Acontece que, depois de algum tempo de convivência, deixamos de os temer e passamos a coexistir com eles.

Dantes corríamos para a cama dos pais. Chorávamos, tapávamos a cabeça com os lençóis. Dormíamos com a luz acesa, abraçados à almofada ou a um daqueles peluches de pêlo macio.

Entretanto crescemos (e os lobos também) e fomos acumulando toda uma outra série de bichos, monstros mais ou menos assustadores com quem partilhamos as noites e os Domingos chatos. Mas estamos tão habituados a eles e eles a nós que chegamos a ter confiança para fechar a porta do armário ou espreitar para debaixo da cama e dizer: “Xiu, deixa-me dormir”.

Não que eles sejam inofensivos, claro. Continuam a ter garras e dentes afiados. E obviamente não deixaram de rugir e uivar para aprenderem a miar. Mas estão mais mansos: chegam a ronronar quando lhes passamos a mão pelo dorso.

Um novo lobo é sempre difícil de domesticar. Salta-nos em cima a meio de um sonho, dá-nos murros que se traduzem em olheiras escuras e profundas, arranca-nos os cabelos um a um (ou pinta-os de branco), faz-nos bater com a cabeça nas paredes. No fundo, acrescenta-nos um pouco mais de loucura. Mas continuamos a ser nós os seres racionais que, mais tarde ou mais cedo, ganham a luta.

É um círculo vicioso. Lobo atrás de lobo, monstro a monstro, fera a fera, construímos um caminho que nunca chegamos a perceber bem qual é. Agigantamo-nos, aumentamos, amadurecemos. O que não podemos mesmo é deixar de querer procriar lobos. Porque no dia em que isso acontecer, morremos por dentro.

Como o Pedrinho me perguntou (e que bem perguntado Pedrinho!): “quando conseguimos o que queremos, será que ainda queremos o que conseguimos?”. Claro que não. Queremos sempre mais, e ainda bem que assim é (desde que a ambição não seja desmedida). Porque no dia em que dissermos, definitivamente, “estou bem assim, não faço mais nada”, conformamo-nos. E o conformismo é, definitivamente, um veneno coercitivo.

(No entanto Pedrinho, ficamos muito felizes quando conseguimos o que queríamos. E matamos uns quantos lobos rebeldes).

Friday, May 25, 2007

Somatognosia

Volta tudo, num turbilhão de emoções. Vozes ao longe, soam alto. Dessincronizadas, é certo, mas audíveis. O burburinho atmosférico percorre-me enquanto elas brincam com o corpo e com a música em cima do palco. Encontro-me também eu em cima de um palco/ringue, sem tom nem som. Perco de completo a somatognosia e prossigo devagar, sem saber bem o que faz ou não parte de mim.
Desperto.
(Bato e oiço palmas).

Que bom que é crescer!

Fase do enterro

Em plena fase do enterro, como diz o Pedrinho.
E ainda vai durar pelo menos mais um mês...

"Estou bem, cansada e rabugenta".

Tuesday, May 22, 2007

Piolhos do Mundo

O Mundo tem piolhos. Dos grandes, que sugam o sangue até à última gota.

Apetece-me abraçá-lo (ao Mundo), acarinhá-lo, sentá-lo nos meus joelhos e, com um daqueles pentes especiais, caçar os piolhos um a um, eliminá-los a todos.

PS- E começarem a convocar-nos, não? Isso é tudo medo dos alunos?

Sunday, May 20, 2007

Amar

Amar é querer muito. Para o outro, do outro, o outro.
.
Exprime-te.
Rogo-te que dances. Não é difícil: não te pedi que fosses bailarina.

(Todos filosofamos e poucos somos filósofos.)

Tuesday, May 15, 2007

Baile de Gala: o evento

Critiquem-nos à vontade. Mas sejam realistas, se não for disso, falamos de quê? Vivemos em Ourém e as nossas vidas são semelhantes à de um molho de brócolos. Capiche?

“Suicídio social”. No entanto, “antes comprá-lo que convidá-lo”.

Enfim, quando o outro não lhe corta as asas, somos felizes.